Lazer é um direito e representa uma maneira particular de expressar as emoções e pensamentos na infância

 

Todas as crianças têm direitos básicos constituídos em lei. Saúde, educação, alimentação, lazer, liberdade, habitação e bom ambiente familiar estão assegurados pela Declaração Universal dos Direitos das Crianças, pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Pensando nisso, em 1995, a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) instituiu o dia 24 de agosto como o Dia da Infância.

Para a psicóloga Bruna Bonezzi, 24, brincar é a maneira da criança se expressar e de melhorar atividades motoras e o bem-estar emocional, que são essenciais para o desenvolvimento psicológico saudável da criança.

Psicóloga Bruna Bonezzi - Foto arquivo pessoal
Psicóloga Bruna Bonezzi (Foto: Arquivo Pessoal)

“Brincar é de extrema importância para a criança socializar, desenvolver questões internas como curiosidade, empatia, confiança, cooperação, motivação entre outros fatores que proporcionam grande crescimento intelectual e emocional.”

O psicanalista infantil Winnicot (1896 – 1971), que se dedicou a estudar e trabalhar com crianças, constatou a importância do brincar para a construção da identidade pessoal.

Para ele, o brincar é o principal meio de aprendizagem da criança e, também, um meio para que eles possam se expressar, controlar a ansiedade, estabelecer contatos sociais entre outros fatores que irão proporcionar uma série de instrumentos para o desenvolvimento interno e para a socialização na infância.

 

Playgrounds

Os brinquedos da Academia da Primeira Idade da Ziober Brasil são aliados no cuidado e bem-estar das crianças. Promovem e estimulam o exercício físico de forma divertida, melhorando a saúde da população desde cedo, combatendo o sedentarismo, a obesidade infantil e ampliando as capacidades motoras, mentais e sociais das crianças.

Pode parecer bobagem, mas saber o momento certo para as crianças começarem a frequentar os playgrounds é uma importante questão no desenvolvimento infantil.

Segundo Bruna Bonezzi, “é através do brincar que a criança também percebe seus limites. Por meio das regras dos jogos ela aprende a respeitar o outro, sabendo esperar a sua vez”. E os playgrounds podem ser uma ótima opção nessa fase.

A brincadeira na infância, ainda de acordo com a psicóloga, vai muito além de uma mera recreação ou passatempo, como infelizmente tantos adultos ainda pensam.

Brinquedo no Playground
Crianças se divertem em brinquedo

A diversão na infância exerce uma função que se encontra intimamente ligada a uma boa saúde mental, porém, hoje, é alarmante ver as brincadeiras saudáveis serem progressivamente substituídas por jogos eletrônicos.

Para Bruna, tudo deve ter equilíbrio. “Os equipamentos eletrônicos podem trazer benefícios e se tornam perigosos a partir do momento em que a criança não se socializa para ficar entretida apenas em seu mundo eletrônico.”

 

O papel dos pais

A principal instituição na infância é a família. As crianças observam o mundo e as pessoas que as cercam, para assim adquirirem condições básicas para o desenvolvimento.

Segundo a psicóloga, com o ritmo frenético do dia a dia, até mesmo as crianças têm diversas atividades. O tempo se tornou algo precioso. “Mais importante do que o tempo vinculado ao relógio, é o tempo qualitativo; a qualidade do tempo em que pais ou cuidadores se relacionam com a criança”, afirma.

Para ela, “devemos pensar que mesmo com um tempo tão corrido é preciso que a criança se sinta cuidada, segura, protegida e que o tempo que ela passe com o outro seja de qualidade, que haja afeto, respeito, ensino e muito diálogo, mas que acima de tudo ela possa sentir que há espaço emocional do outro para ela, que o tempo que ela passe com o adulto seja um tempo de trocas”.

É justamente por isso que o ato de brincar é tido como um direito da criança, já que representa uma maneira particular de expressar as emoções e pensamentos, de se fazer compreendida tanto por outras crianças com quem convive quanto pelos adultos que as rodeiam.

Então não se esqueça: valorize sempre o desenvolvimento dos pequenos com a ida ao “play”. O espaço, por ser diferente da própria casa, pode se tornar um lugar de descobertas para a criança enriquecer a imaginação e experimentar a importância do respeito mútuo e da obediência de normas para se viver em sociedade.

Por Gustavo Rosas

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